Exercício físico é sempre um grande aliado!

Exercício físico é sempre um grande aliado!

Força Pós-Mastectomia: O Escudo Anti-Linfedema que Você Precisa

A ciência desvenda como um programa de 10 semanas de treino de força não só melhora a composição corporal, mas também reduz significativamente a incidência de um dos efeitos colaterais mais temidos do câncer de mama: o linfedema.

Para muitas sobreviventes de câncer de mama, a cirurgia de mastectomia (com remoção de linfonodos axilares) marca o fim de uma batalha e o início de um novo desafio: o linfedema.

Essa condição crônica, caracterizada pelo inchaço no braço afetado, é frequente e pode debilitar a funcionalidade do membro superior. Quase metade das sobreviventes no estudo analisado apresentava linfedema.

Historicamente, havia cautela em relação ao exercício de força nessa população, temendo-se que ele pudesse agravar o inchaço. No entanto, a ciência mais recente tem desafiado essa ideia. Este estudo longitudinal de 10 semanas investigou justamente a composição corporal, a força muscular e, crucialmente, o impacto do treino de força na prevenção e tratamento do linfedema.

Nosso time da BORA! Academia de Verdade! está atento e pronto para AJUDAR você.

 O Veredito Científico: Músculo é o seu Protetor

O estudo, realizado com 23 mulheres que fizeram mastectomia radical , aplicou um programa de treino de força de intensidade moderada ao longo de 10 semanas, com duas sessões semanais.

Converse com nossos profissionais da BORA! sobre intensidade de treino para não executar algo além ou aquém da sua capacidade, ok? Orientação especializada nessa hora é fundamental.

Os resultados trouxeram evidências importantes para quem busca retomar a vida ativa com segurança:

1. Força em Ascensão: Após a intervenção, houve melhora significativa na força peitoral e na força de preensão manual (grip) em ambos os braços, tanto o afetado quanto o saudável.
2. Composição Corporal Otimizada: As participantes apresentaram aumento de massa muscular e massa magra total. Essa mudança é fundamental, visto que uma maior massa gorda tem sido associada a mais complicações, enquanto uma massa muscular adequada pode ser um fator protetor.
3. O Fator Linfedema: O resultado mais impactante foi a redução drástica no número de casos de linfedema. Antes do treino, 11 mulheres (47,8%) apresentavam a condição; após as 10 semanas, apenas 5 (21,73%) ainda tinham linfedema. O treino de força se mostrou um
    fator de mitigação notável.

Embora o estudo não tenha encontrado diferenças significativas nos volumes do braço entre os lados afetado e saudável após o treino, a redução na incidência de linfedema sugere um papel terapêutico e preventivo do exercício resistido.

Musculação não é apenas estética, é um verdadeiro escudo contra males da saúde.

Quebrando o Mito do Inchaço: Como Treinar com Segurança

A principal mensagem é clara: o treino de força em intensidade moderada não é um risco, mas sim uma ferramenta poderosa na reabilitação e qualidade de vida das sobreviventes de câncer de mama.

O medo de agravar o linfedema não deve ser um impedimento para praticar musculação. O exercício de força, quando controlado e progressivo, melhora a circulação linfática e fortalece os músculos, o que pode reduzir o acúmulo de líquidos e melhorar os sintomas.

Na BORA! você tem monitoramento T.C.C.F.S. para assegurar sua prática segura e eficaz.

O programa de exercícios usado focou em exercícios de peito (supino e peck-deck), o que sugere que o treino direcionado à região da cirurgia é seguro e eficaz. A progressão lenta de carga é a chave de ouro para a segurança: comece leve e aumente gradualmente a cada duas semanas, conforme o corpo se adapta.

Não pense que treinar peitoral a deixará musculosa. Todo grupo muscular precisa ser estimulado, independentemente da estética.

Recomendações Práticas

Tradução da Ciência em Ação para a sua Rotina de Treino:

A. Priorize a Força para o Membro Superior

• Foco no Peitoral e Braços: Nossos profissionais Incluirão exercícios como supino (máquina ou halter), peck-deck e treinos que melhoram a preensão manual (grip) para melhorar a força e potencialmente reduzir o risco de linfedema.
• Intensidade e Volume: 2 a 3 séries por exercício são bem usuais na BORA! para este caso. A intensidade deve ser moderada e progressiva: Escute nossos profissionais e comece com uma carga que permita 12 a 16 repetições. Aumente o peso gradualmente.
• Frequência: Realize o treino de força pelo menos duas vezes por semana, com um intervalo mínimo de 48 horas entre as sessões. Tenha esse compromisso como prioridade, para que o planejamento da BORA! seja eficiente e eficaz.

B. O Segredo da Progressão Segura

• Progressão Lenta: Aumente a carga de forma conservadora (ex: 5% da Carga Máxima Repetível – 1RM) a cada duas semanas, e não toda semana. Isso permite que o corpo se adapte sem sobrecarga. Na dúvida, consulte nossos profissionais sempre que necessário.
• Aqueça-se de Forma Inteligente: Não descarte o aquecimento em ergômetros (aeróbico), além dos exercícios para aquecimento nos equipamentos de musculação.

C. Foque na Massa Magra

• Composição Corporal é Vital: O aumento da massa muscular e massa magra é um dos principais benefícios do treino de força e está associado a uma melhor saúde geral e menor risco de complicações. Treino e alimentação adequada caminham juntos aqui.

AVISO: É fundamental que qualquer programa de exercícios seja iniciado após a liberação médica e sob a supervisão de um profissional de educação física que tenha experiência com sobreviventes de câncer de mama. A BORA! é seu lugar!

Fábio Cantizano – CREF: 16603-G/RJ

---