Claro que pode, mas será que deve? Seria melhor?
Tempos atrás, quando atuava diariamente em salas de musculação, me deparei com uma cliente ávida por desenvolver a massa muscular das pernas, como boa parte das mulheres jovens. Até então, nenhum problema. A aluna tinha seus objetivos e meu papel era gerenciar expectativas antes de planejar a rotina de treinos.
Mesmo com toda minha fundamentação científica, não fui capaz de convencê-la a treinar da forma que propus.
Sem gerenciamento de expectativas não há como alinhar objetivo, estímulo e recuperação. Guarde isso!
A aluna adorava treinar exercícios multiarticulares todos os dias, com ênfase em músculos diferentes. Exemplo: Num dia treinava coxas, no outro, glúteos e demais músculos atuantes nos quadris.
Por mais que a musculatura enfatizada dela tivesse “capacidade de se recuperar” entre uma sessão e outra, enfatizando músculos diferentes em cada sessão, os músculos que não eram enfatizados em determinado dia atuavam como sinergistas.
Sendo assim, a capacidade de recuperação muscular não era otimizada, por isso usei “capacidade de se recuperar” entre aspas.
E mais, o estresse articular não estava sendo levado em consideração por ela. Erro gravíssimo!
A aluna odiava treinar membros superiores, assim como os músculos do tronco em geral.
Até então, era um cenário comum nas academias em meados da década de 2010. Por mais que eu explicasse todos os fatores, ela insistia em treinar da forma que gostava e não da forma que seria mais proveitosa para atingir seus objetivos.
Certo dia, se machucou ao realizar um agachamento no Smith, pois as pernas suportavam tranquilamente a carga colocada no equipamento, mas os músculos do tronco não estavam preparados para dar apoio. Uma hérnia de disco a fez parar por semanas.
Percebe a gravidade da situação? Essa é uma história real, ok?
Para que o planejamento seja visto como ideal para o praticante, temos que levar em consideração o objetivo principal, as limitações do praticante, a disponibilidade (frequência semanal) e a rotina fora da academia. Podemos levar em consideração também os gostos pessoais, mas não é o mais importante.
Hipertrofia muscular, emagrecimento, força muscular e condicionamento físico, assim como outros, são adaptações que requerem estímulos específicos, assim como uma estrutura corporal equilibrada para suportar a rotina de treinos. Sendo assim, antes mesmo de prescrevermos para a adaptação desejada (o objetivo principal), temos que preparar o corpo para que ele suporte os estímulos, otimizando também a recuperação .
Tradução livre: Nada de colocar o carro na frente dos bois, ok?
Não falo aqui apenas de lesões ou dores articulares/musculares, mas também da desproporcionalidade entre grupos musculares que trabalham juntos no mesmo movimento com a sobrecarga necessária.
O corpo precisa estar preparado para suportar a rotina. Somente assim poderá receber o estímulo certo para atingir o objetivo principal, seja ele estético ou funcional.
É fundamental confiar na perícia do profissional que está avaliando as possibilidades.
A frequência semanal é extremamente importante.
Não direi aqui qual o mínimo, ok? O mínimo é o que você tem certeza que pode executar. Se me disser que consegue apenas 3 vezes por semana, sua rotina de treinos será planejada para esta frequência, otimizada para tirar proveito do melhor estímulo e recuperação entre sessões.
Se disser que virá 5 vezes por semana, o planejamento será feito para esta frequência. Se não cumprir, os resultados não virão. Uma rotina fielmente executada 3 vezes por semana pode fazer milagres, se compararmos com a rotina 5 vezes por semana mal executada.
As pessoas são diferentes e têm rotinas diferentes fora da academia, logo, a demanda física precisa ser levada em consideração ao planejarmos a rotina de treinos. Tem a ver com a magnitude do estímulo e a otimização do processo de recuperação.
Uma mulher de 25 anos que trabalha em pé carregando peso ao longo do dia terá uma rotina diferente da que trabalha sentada sem carregar pesos, mesmo que ambas sejam semelhantes fisicamente, tenham a mesma idade e os mesmos objetivos.
O treinamento é específico para quem vai praticar. Não é por acaso que a individualidade biológica é o princípio científico do treinamento visto como um dos mais importantes.
Sobre a pergunta do título, se você deveria ou não treinar musculação todos os dias, reflita sobre a importância de listar todos os fatores que influenciam sua evolução. Faça isso junto com um dos professores da BORA! Fitness e escute-o.
O professor da BORA! Fitness é o mais interessado, depois de você, na sua evolução.
Se ele disser que você aproveitaria melhor uma rotina de 5 treinos por semana, aposte nele. Se disser que 2 ou 3 vezes por semana será mais produtivo, vá com tudo. O que não pode rolar, de forma alguma, é você fazer o que acha melhor e não o que realmente é melhor pra você.
Prof. Esp. Fábio Cantizano – CREF: 16603-G/RJ
Conhecemos o poder transformador do exercício físico. Ajudamos as pessoas a alcançar bem estar físico e mental, por meio da prática regular de exercício físico, com metodologia que traz resultados pra vida.
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